Pumas vence Olímpia e comemora título de campeão da Copa Entre Amigos 2016

Gito, Alisson, Jorge, Garret, Tiago Pinheiro, Maurício, Luiz Felipe e Pika. Estes são os jogadores estampados no troféu de campeão, que deixarão seu nome para a eternidade da Copa Entre Amigos. Os oito guerreiros mexicanos desceram pela América do Sul varrendo as cidades pelas quais passaram, sem que nenhum adversário sobrasse a sua frente, e finalizando a viagem libertadora como dominantes máximos do território. Com 41 tiros certeiros, Alisson foi o principal fuzileiro, acertando seis disparos somente na última batalha, deixando outros oito ‘corpos’ paraguaios espalhados pelo Cáncun.

Confira o resumo da final e da disputa pelo terceiro lugar.

Final: Pumas 7 x 4 Olímpia

Pumas e Olímpia entraram no campo de guerra às 10h30. Os dois times foram os classificados para a última batalha, após vencerem os adversários em confrontos anteriores, demonstrando força e pontaria artilheira ao longo do caminho, que teve, para cada um, 14 embates até o confronto final.

Os mexicanos e os paraguaios sabiam que uma vitória daria a eles o lugar mais alto no pódio e o título de campeão da Libertadores 2016. Porém, logo que o jogo começou, parecia que apenas um dos dois havia realmente assumido o clima da luta pela sobrevivência.

Os marrons começaram o jogo no ataque, partindo para cima dos adversários. Com Alisson já tomando sua posição de líder da tropa, Garret e Jorge ficaram na cobertura, dando apoio e fornecendo projéteis ao sniper do Pumas. Maurício e Gito foram os responsáveis por assistir à retaguarda, evitando qualquer tipo de ataque surpresa por trás do comboio.

Os pretos pareciam desanimados, o que lembrou o Brasil na final da Copa de 1998, quando virara presa fácil para a França na partida final, depois de superações anteriores. Weslley, Hetchko e cia. até tentavam mostrar vontade, mas algo segurava suas baionetas, que pouco atingiam aos adversários. Mesmo com algumas tentativas certeiras, o suspiro de vida do Olímpia não durou muito, e poucos acreditavam numa reação, mesmo com o jogo longe do fim.

Já com o exército olimpiano caído, ainda respirando, Pika entrou para acertar o golpe final e acabar com qualquer esperança de que o adversário pudesse levantar. Convicto de sua pontaria, o centroavante acabou mirando errado, e desperdiçou um pênalti. Seria a redenção e o cumprimento de uma profecia, já que uma semana antes o atleta havia apostado que faria o gol do título. Contudo, o Pumas não precisava de mais nada, já que a morte do Olímpia virou questão de tempo, e foi sacramentada com o diagnóstico final: o apito do árbitro.

Maurício, comandante da tropa mexicana, afirmou que a guerra, apesar de dura, foi recompensadora. “Demos o nosso máximo em cada confronto. Apesar de termos perdido algumas batalhas, devido a baixas no elenco, conquistamos a guerra. Estamos no ponto mais alto das Américas, e podemos dizer que somos os conquistadores do continente. Tudo isso veio depois de muita luta e parceria entre nossos guerreiros, que se doaram uns pelos outros a cada jogo”.

Pelo lado do Olímpia, Hetchko, que teve sua vontade criticada por seus companheiros de batalha após o jogo final, declarou que faltou força à equipe no último confronto,mas valorizou os meses de batalha. “Infelizmente, nossa estratégia não funcionou hoje, e acabamos derrotados. Precisamos valorizar a campanha até aqui, sabendo que cada um usou de toda a sua força e a vontade de sair vencedor deste campeonato. Não éramos os favoritos, mas derrubamos grandes exércitos. Apesar de não terminarmos com a medalha de ouro, somos vencedores”.

O Pumas se sagra o 14º campão da Copa Entre Amigos, com uma campanha com oito vitórias e quatro derrotas na primeira fase, e três vitórias no tempo normal no mata-mata, eliminando River Plate, Atlético Nacional e Olímpia. O time marcou 95 gols, sendo 46 deles anotados por Alisson. Gito, guarda-redes dos marrons, sofreu 69 gols, sendo o sexto goleiro menos vazado da competição.

O Olímpia, vice-campeão, fez uma primeira fase com sete vitória e cinco derrotas. Eliminou Toluca e Cerro Porteño para chegar à final. O time teve 71 gols marcados, e 67 sofridos.

Terceiro Lugar: Atlético Nacional 10x 7 Cerro Porteño

Em um jogo de disputa de terceiro lugar é inevitável que as equipes envolvidas entrem em quadra com um gosto amargo na boca. E foi esse sabor que Atlético Nacional e Cerro Porteño mostraram ao começar a partida. Antes do apito inicial, os dois times ainda lamentavam as eliminações sofridas nas semifinais, que os impediram de disputar o título de campeões de 2016.

Porém, quando a bola rolou, nada disso fez mais sentido. As duas equipes mostraram o porquê de estarem entre os quatro melhores time da Libertadores e fizeram uma boa apresentação de futebol para o pequeno número de torcedores presentes. Desde o início, o jogo foi equilibrado, com ações de ataque para os dois lados.

O Atlético Nacional foi para cima no começo do jogo, abrindo logo dois gols de vantagem. Os vermelhos acordaram e buscaram a reação. O primeiro tempo terminou em 5×4 para o Narcos. Na segunda etapa, o Cerro sentiu a falta de reservas, já que Weiberlan e Tanque não conseguiram comparecer e, com isso, os paraguaios só tinham um atleta no banco de reservas. Já os verdes só não tinham Leocádio.

Em mais um dia inspirado, como de costume, João Pedro não dava sossego aos defensores vermelhos, que precisavam correr muito para alcançá-lo em quadra. O artilheiro do campeonato aumentou sua marca, e chegou aos 46 gols marcados, com os cinco anotados na disputa. JP é o maior goleador em uma edição da Copa Entre Amigos, batendo o recorde conquistado por Tevez no ano passado (43 gols) .

Pelo lado do Cerro, Digol e Jeff marcaram, quatro e três gols, respectivamente, somando as sete balançadas de rede do goleiro Jhonathan.

“Queríamos ao menos buscar o terceiro lugar, e conseguimos. Sabemos do potencial que temos e da força que demonstramos ao longo do campeonato. Perdemos a semifinal por detalhes, e com isso fomos impedidos de estar no lugar mais alto do pódio. Mas a medalha de bronze serve para coroar essa campanha maravilhosa que tivemos”, afirmou Leocádio, que mesmo sem jogar acompanhou o time no banco de reservas, inclusive registrando imagens do jogo.

“Acho que valeu a pena estar aqui, disputando o terceiro lugar. Mesmo com a derrota, e sabendo que não fomos premiados por nossa excelente campanha, saímos com o sentimento de gratidão. Ao time, pela garra e união, à CEA, pelos momentos de diversão, e a todos, pela torcida e amizades”, sacramentou Sérgio, uma das boas surpresas da Copa em 2016.

O Narcos se sagrou terceiro colocado da Copa Entre Amigos 2016, com 12 vitórias e três derrotas, com 119 gols marcados, sendo 46 de João Pedro. Jhonathan foi o terceiro goleiro menos vazado, com 63 gols tomados (4,2 de média por jogo).

O Cerro, quarto colocado, teve nove vitórias, dois empates e quatro derrotas. Foram 107 gols feitos e 72 gols sofridos.

Capitães resumem o que foi a Copa Entre Amigos 2016. Confira:

André Constantino – Boca Juniors

“A CEA 2016 foi uma edição triste para o Boca Juniors. Levamos m pouco de azar no sorteio do time, pois foram agrupados todos os ‘gordos’ do campeonato em um time só [hahaha]. O time demorava a se encontrar em campo, e tivemos muitos desfalques. Porém, de uma forma geral, foi uma boa Copa Entre Amigos, bem organizada e bem equilibrada. Tanto que os dois times que chegaram à final não eram favoritos. Ano que vem já chega, com a edição de número 15 da CEA. E desta vez a festa será grande. Obrigado, pessoal da organização por mais uma bela edição”.

Guilherme Zanuzzo – River Plate

“Achei que este ano foi a melhor edição da Copa Entre Amigos. O grande êxito foi o arbitral, conseguindo equilibrar bem os times e, principalmente, os goleiros. A organização, como sempre, esteve muito bem. Todos ajudaram muito, cada um na sua função. A comissão de comunicação também tem muito mérito, pela cobertura e divulgação das partidas, o que animou os atletas, tanto em relação aos textos quanto ao site e Facebook. Vamos ver se no ano que vem mantemos essa pegada para cada vez termos um campeonato mais acirrado, mais disputado, mas lembrando sempre que a Copa é Entre Amigos, e as amizades que criamos a cada ano é o que fica. Obrigado por me darem a honra de participar, e ano que vem estaremos juntos!”.

Leandro – Deportivo Cali

“A expectativa era grande, afinal, antes mesmo de envergarmos a camisa já éramos tido como favoritos. E esse favoritismo se refletia na presença de atletas inconfundíveis. Um time muito forte no papel, mas que mostrou no retrospecto não ser tão forte em quadra. A Copa Entre Amigos 2016 revelou que a emoção surge em qualquer rodada, mostrou que favoritos podem cair, e que os esquecidos podem se transformar em ‘máquinas’ e que, mesmo aquela atleta que não tem toda a confiança do próprio time pode entrar e definir o jogo. Com um ambiente surpreendente, com muita torcida, ‘cornetagem’, agilidade no processamento dos dados, arbitragens nem sempre unânimes, a Copa Entre Amigos conquista a todos. O Deportivo Cali ficou devendo, mas a vida segue e às vezes nos dá a oportunidade de tentar novamente. Vem, CEA 2017”.

Rodrigo Salles – Trujillanos

“Primeiramente, gostaria de agradecer a minha equipe pelo campeonato. Dizer que infelizmente não conseguimos a classificação, mas quero dizer que senti orgulho por jogar ao lado de todos, por mais que nosso nome fique manchado por sermos o primeiro time em que o Chapecó não se classificou para a fase final – esse monstro da CEA que tem o respeito e a admiração de todos. Também agradecer à equipe organizadora, por mais um campeonato do mais alto nível, e a todos que fizeram com que esta edição fosse um verdadeiro sucesso. Agradecer aos membros da Comissão Julgadora também, porque foram vários embates entre nós que me fizeram aprender e admirar ainda mais este campeonato. Até ano que vem, muita saúde e paz a todos”.

Rodrigo Cordeiro (Digol) – Cerro Porteño

“Queria primeiramente agradecer a todo o time que se doou o tempo todo em quadra em busca das vitórias, que em nenhum momento desanimou quando estávamos perdendo, tivemos viradas incríveis graças a união desse time. Acredito que a cada ano que se passa a CEA se torna mais eficaz naquilo que ela propõe e garanto não é apenas futebol! Já disputei vários campeonatos, mas nenhum em que houvesse tanta união entre jogadores, organizadores, torcida, etc. Esse campeonato permite fazer o que qualquer outro não faria, criar laços de amizades inquebráveis. Hoje me pego imaginando o que eu vou fazer no sábado já que esse campeonato a cada dia que passa se torna mais parte de mim. A saudade de jogar bola e depois descontrair com a galera já está fazendo batendo. Deixo aqui o meu obrigado por esse campeonato ter mudado o meu pensamento e minhas atitudes dentro de quadra, se hoje sou uma pessoa do bem é graças a essas pessoas (uma delas a Ana, minha namorada) que às vezes deixaram os seus sábados com a família para fazer esse campeonato se tornar inesquecível, e isso ACONTECEU!!!”.

Caíque Barbosa – Cobresal

“Mais uma edição da CEA chega ao fim. Falar sobre ela de modo geral é muito fácil. Agora falar sobre como o Cobresal se portou dentro das quatro linhas já é mais complicado. Raramento tivemos a equipe completa para realizar os jogos, e isso nos prejudicou muito. Não faltou vontade aos que estiveram em quadra, o que faltou foi comprometimento por parte de alguns atletas. Confesso que quando vi o time pela primeira vez, não imaginei de forma alguma que ficaríamos em penúltimo lugar. Enfim, o time era bom, faltou comprometimento. Já fora das quatro linhas, o time se portou como campeão. Formamos amizades e nos fortalecemos a cada rodada. Que venha a CEA 2017”.

Igor Perewalo (Pigor) – Emelec

“Só temos que dizer que fomos todos superação. Tivemos atletas machucados antes e durante o campeonato, substituição e desistência de atleta… Nada foi fácil para o Emelec, mas nos mantivemos fortes e unidos para todas as batalhas. Fomos participantes assíduos dos churrascos, contribuímos com os comentários técnicos fora de quadra, fomos responsáveis por polêmicas, em resumo: fomos peças fundamentais desse grandioso evento que tivemos o privilégio de participar. Já contamos os dias para a próxima Copa Entre Amigos”.

 

Jeferson Nunes

Coordenação de Comunicação

Copa Entre Amigos 2016

 

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